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Ações no Congresso Nacional visam prejudicar o trabalhador

O encontro promovido pela Confederação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Contricom), juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG), levantou importantes assuntos ligados diretamente a vida dos trabalhadores e dos brasileiros.

Em um seminário realizado no Centro de Lazer do sindicato foram levantados temas polêmicos em painéis apresentados por especialistas em suas áreas de atuação. Além de abordar temas como a Previdência Social com o advogado Décio Scaravaglione e a saúde e a segurança na Construção Civil com o painelista Sérvio Macedo a organização do evento inovou e trouxe o assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), André Luis dos Santos, que falou sobre o movimento sindical dentro do Congresso Nacional.

André faz parte de um departamento que tem como objetivo informar aos trabalhadores, independentemente de linha ideológica, sobre as atividades desenvolvidas pelos parlamentares. Oferece elementos sobre a atuação parlamentar, contribuindo para que haja transparência e para que o cidadão tenha, afinal, meios de conferir se há coerência entre discurso eleitoral e prática legislativa de cada representante do povo.

O assessor levou aos sindicalistas esclarecimentos sobre as formas que o Congresso Nacional tem para trabalhar contra e a favor dos trabalhadores e deixou claro que as formas para atingir de forma negativa são nebulosas, mas muito eficientes.

Se não houver a busca pela informação e a participação ativa das classes trabalhadoras na indicação dos seus representantes, aqueles que representam o meio empresarial e outros setores, podem deixar um legado muito negativo para o trabalhador, alegou.

Para exemplificar ele destacou as atividades da oposição dentro do Congresso. Hoje a oposição é feita pela imprensa através de uma rede de denúncias e a grande maioria infundadas. Como os partidos de oposição não têm força, a imprensa gera grande absurdos para desestabilizar o governo e conseqüentemente fragilizar os movimentos sociais e sindicais, observou. Ele lembra que inclusive a grande imprensa chegou a propor o fim do Ministério do Trabalho. Não podemos deixar que absurdos como este sejam jogados ao ar e virem verdades. É um trabalho feito especialmente para prejudicar os trabalhadores, afirmou.

Além desta parte da oposição, o Congresso Nacional tem diversas representações e com bancadas com interesses diferentes. A grande maioria dos parlamentares é de grandes empresários que estão lá para defender seus interesses e contam com assessorias especializadas para defendê-los.

Desta maneira surgem projetos de lei que estão tramitando e que podem vir a ser aprovados. São verdadeiras ameaças a classe trabalhadora. Há por exemplo, um projeto que via acabar com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Isto seria o fim do movimento sindical e da Carteira de Trabalho e obrigaria ainda, o trabalhador a negociar diretamente com o patrão, observa o assessor. Outro projeto que tramita, impede o empregado demitido de recorrer a Justiça do Trabalho e um outro cria o supersimples trabalhista. Desta forma o trabalhador receberia o 13º salário em seis vezes e seria criado o banco de horas, acabando com as horas extras.

As agressões contra os trabalhadores no Congresso Nacional não param por aí. Tem gente trabalhando para defender o trabalho escravo na bancada ruralista. Para defender os trabalhadores, André diz que é preciso ocupar setores estratégicos do Congresso, como lideranças, presidência de comissões e relatorias. Além disso, é preciso que os trabalhadores se mobilizem para diminuir a bancada dos empresários e isso se faz através do voto. Aliás, estas mudanças devem iniciar com as eleições municipais, concluiu .