Com o objetivo sempre focado no desenvolvimento dos trabalhadores do setor, o Sitracom BG trouxe a Bento Gonçalves o professor Emílio Gennari, com formação em Ciências Sociais. Ele foi o responsável por ministrar um curso sobre o sindicalismo e as negociações coletivas de trabalho aos diretores sindicais da entidade. Para o diretor de Educação do Sindicato, Ivo Vailatti, o curso tem uma importância muito grande. “Estamos lidando diariamente com assuntos ligados à vida da classe trabalhadora e estes aspectos podem ser tanto na área social como econômica, daí a necessidade dos sindicalistas estarem sempre atualizados”, comentou.
Conforme o professor Emílio, o sindicalista precisa ser uma pessoa muito bem preparada e atualizada para que possa passar seus conhecimentos aos trabalhadores. “Até a década de 1990 era preciso apenas que o sindicalista soubesse as noções básicas de matemática, mas hoje ele tem que trabalhar mais. Tem que conhecer o mundo e compreendê-lo para ter acesso às análises das atuais conjunturas. Ele tem também que vivenciar alguns conceitos básicos da economia”, avaliou.
Para Emílio, não é a formação acadêmica que importa, mas sim o conhecimento para o dia-a-dia. “Quando o sindicalista busca o seu próprio desenvolvimento, ele não é surpreendido pelos acontecimentos, pois ele forma seus critérios”, comentou. Para ilustrar a questão, o professor lembra que o capital está em constante atualização e que por isso o sindicalista tem que acompanhar as mudanças. “Temos que conhecer a língua portuguesa com clareza para que não sejamos iludidos por palavras que induzam a boa fé e temos que passar estes e outros conhecimentos aos companheiros trabalhadores para que eles possam estar engajados nas lutas”.
A intenção segundo Emílio, é que o sindicalista tenha clareza e discernimento nos momentos mais importantes. “Aí então ele passa a conhecer os limites, tem condições de avaliar pontos como lucros e resultados, o valor das pessoas e de seu trabalho e tudo mais que se insira sobre as relações de trabalho. Hoje, trabalhadores e sindicalistas têm que estar preparados para saber sobre questões monetárias, entrada de dólares e o que o PIB tem a ver com tudo isso”, concluiu.