O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG) recebeu a visita do senador gaúcho Paulo Paim (PT). O parlamentar foi recebido na sede social da entidade pelo presidente Itajiba Soares Lopes, o vice-presidente Ivo Vailatti e por representantes do meio sindical do município.
Em reunião informal Paim analisou entre outros assuntos a situação do cenário eleitoral brasileiro que vai apontar o nome do próximo presidente da nação. Ele considera que existam três candidatos com potencial para vencer a disputa. Entre esses destaca a própria presidenta Dilma Roussef (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). “Tenho certeza de que a presidenta Dilma, com toda a construção que foi feita desde o presidente Lula, tem muito a mostrar e confirmar sua reeleição, como estão mostrando as atuais pesquisas”, observou. Para ele, o fato de ter tirada da miséria, mais de 40 milhões de brasileiros, ter elevado o salário mínimo que era de 60 dólares para mais de 350 dólares e levado o Bolsa Família para aproximadamente 50 milhões de pessoas pode fazer a diferença. “Além disso, quadruplicamos as escolas técnicas e hoje estamos chegando a oito milhões de alunos. Quando chegamos ao governo esse número não chegava a um milhão. O número de pobres com acesso a universidade também multiplicou por quatro e podemos destacar também o PIB que é o terceiro do mundo e o índice de emprego que é o menor registrado na historio do Brasil. Por estes e outros motivos é que acreditamos que a presidenta Dilma tem chances reais de se reeleger”, analisou.
Paim também abordou a questão do fator previdenciário, medida criada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso que afetou diretamente a aposentadoria dos brasileiros. “No Senado já aprovei a extinção do fator e agora falta a Câmara dos Deputados fazer o mesmo. Enquanto isso precisamos da força do movimento sindical para pressionar o parlamento a acabar com esta medida que retira do trabalhador 50% de seu benefício no ato da aposentadoria. A Previdência Social pode muito bem viver sem o fator já que desoneramos a folha de pagamento em 20%, o que deu um plus a mais para o empregador de quase 70 bilhões de reais em verbas para investir nos seus negócios. Com o fim do fator a Previdência deixará de arrecadar apenas R$ 4 bilhões. Trato esse como um ano chave para acabar com essa mazela criada para atrapalhar a vida do trabalhador”, comentou.
O Senador também recebeu dos sindicalistas uma lista de reivindicações pertinentes aos trabalhadores e comprometeu-se a encaminhar as demandas. Entre elas está a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. “Estamos numa dura luta para conseguir esta redução. Mas acho que ainda não será para este ano. Este será um assunto a ser debatido diretamente com o próximo presidente eleito. Espero que seja a presidenta Dilma, para que possamos encaminhar da melhor maneira possível esta demanda”, concluiu.