Sindicalistas avaliam as crises no mundo globalizado

A preparação para enfrentar os problemas que cercam a vida do trabalhador é uma preocupação constante por parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sitracom BG). É por isso que o Sindicato vem investindo na educação e possibilitando aos diretores sindicais, cursos de atualização em diversas áreas. Na última semana, o professor Emílio Gennari esteve na sede do Sitracom BG para um encontro com a diretoria. O tema em pauta foi “crise”. Na oportunidade, os sindicalistas tiveram uma aula sobre os efeitos da globalização no mundo e suas consequências para a sociedade e o trabalhador.

Para o professor, a maneira como o capitalismo se adequa ao processo de globalização, gera sérios problemas para o mundo e permite a instalação de crises sem precedentes, que atingem até mesmo os protagonistas da cena capitalista.

Como foi o caso da quebra de grandes bancos norte-americanos e gigantes europeus. “Entender como funciona esta engrenagem de um esquema gigantesco que afeta a vida de praticamente todas as economias do mundo que está globalizado é de fundamental importância para aquelas pessoas que se dedicam a defender os interesses dos trabalhadores, como é o caso dos sindicalistas ligados ao Sitracom BG”, disse o professor.

Gennari considera que o sindicalista precisa ter uma visão bastante ampla sobre as crises, tanto no que se refere a sua origem, como o seu desenrolar. “Ele está representando toda uma classe de trabalhadores, tem que saber o que acontece”, analisou. Para ele, é no momento em que se enfrentam as crises que começam a aparecer as contradições. “No momento da crise, o capital é quem sai ganhando. Com conhecimento temos condições de antever os problemas e combatê-los”, finalizou.

O diretor de Educação do Sitracom BG, Ivo Vailatti, ficou satisfeito com o curso do professor Emílio. Ele também está convicto de que é através do conhecimento que o sindicalismo vai poder buscar forças para lutar por um equilíbrio maior com as forças capitalistas. “Oportunidades como esta aprimoram as condições do sindicalista, que precisa estar atento ao que se passa no mundo”, observou. O vice-presidente do Sitracom BG, Artêmio da Costa Borges, reforça o posicionamento. “Representamos uma entidade que luta pelos direitos de quase dez mil trabalhadores em diversas categorias profissionais, então temos que estar atentos aos acontecimentos”, completou.