Uma assembléia geral de trabalhadores do setor do mobiliário deu a largada para campanha salarial 2011. Com o tema “Desenvolvimento com Sustentabilidade”, a campanha começa a ser desenvolvida com o intuito de levar resultados positivos ao dissídio da categoria, que tem data base em fevereiro.
O sucesso desta campanha vai afetar diretamente a vida de quase oito mil trabalhadores das indústrias moveleiras de Bento Gonçalves, além de suas famílias. Isto acontece, porque é através do dissídio que estas pessoas passam a programar financeiramente o próximo ano. Além disso, o dissídio agrega também as cláusulas sociais, que são aspectos de grande relevância na vida destes trabalhadores. É desta forma que as mulheres do setor conseguem vantagens extras no que diz respeito a licença maternidade. E também é assim que muitos trabalhadores recebem quinquênios e outros ganham auxílio educação, entre outras conquistas.
A convocação dos trabalhadores para formular a pauta de reivindicações é uma tradição da qual o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sitracom BG) não abre mão. Reunidos na manhã do sábado (23 de outubro), os trabalhadores puderam dar sua contribuição para este importante processo de cidadania.
A principal reivindicação que fará parte da pauta, que posteriormente será apresentada ao sindicato patronal, diz respeito ao aumento com ganho real. “Estamos convictos de que poderemos novamente conseguir um ganho acima da taxa de inflação e garantir assim um aumento real para nossos companheiros”, diz o presidente do Sitracom BG, Itajiba Soares Lopes. Ele está confiante nas perspectivas econômicas para o Brasil que considera serem satisfatórias. “Espera-se um crescimento que pode chegar a 7,5% e o setor moveleiro vem acompanhando este panorama. Desta maneira fica claro que o pedido dos trabalhadores é muito razoável”, observa o presidente.
Ele ficou satisfeito com a boa presença de trabalhadores e seus familiares na assembléia. “Esta participação mostra o interesse da classe trabalhadora em participar deste processo, que é marcado pelo espírito democrático. São eles que formulam a pauta de reivindicações e serão eles que darão a última palavra ao finalizarmos as negociações”, concluiu o presidente.